Comitê de Conflito e Coexistência Humano-Fauna
O Comitê de Conflito e Coexistência Humano-Fauna da Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz) foi estabelecido em março de 2025 e idealizado por membros da Comunidade de Práticas em Coexistência Humano-Fauna (CoPCoex). Seu propósito é criar um espaço de diálogo e troca de conhecimentos entre associados e a sociedade em geral, sobre temas e problemáticas relacionados às interações entre pessoas e fauna silvestre.
Nosso objetivo é ampliar a discussão para além dos conflitos humano-fauna, fomentando o debate sobre a Coexistência Humano-Fauna como um tema transversal que permeia as diferentes áreas de estudo representadas pelos nossos associados. Para tanto, o Comitê se dedica a:
- mapear pesquisas e avaliar a presença da temática da Coexistência nas publicações e divulgações científicas dos associados e no Congresso Brasileiro de Mastozoologia;
- incentivar o desenvolvimento de pesquisas e capacitações sobre temáticas relacionadas à promoção de coexistência e mitigação de conflitos na conservação;
- promover a colaboração entre diferentes pesquisadores e áreas do conhecimento, valorizando a transdisciplinaridade.
O Comitê é composto por pesquisadores e conservacionistas dedicados a diferentes dimensões deste campo de estudo.

Mariana Labão Catapani - Coordenadora
Zoológico de Chester (Chester, Reino Unido) e Instituto de Conservação de Animais Silvestres
Bióloga e pesquisadora interdisciplinar, dedicada ao estudo das dimensões humanas da conservação da vida silvestre e da coexistência entre humanos e fauna. Atua no Zoológico de Chester e no Instituto de Conservação de Animais Silvestres, onde coordena iniciativas de pesquisa social. Além disso, integra o grupo de especialistas em conflito e coexistência da IUCN, liderando o grupo de trabalho latino-americano.

Roberta Monteiro Paolino - Vice-Coordenadora
Departamento de Biologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP)
Bióloga, Mestre em Biologia, Doutora em Ecologia Aplicada, com Pós-doutorado em Sustentabilidade. Professora e pesquisadora, trabalha com modelagem ecológica para conservação de populações e comunidades de vertebrados, com pesquisa social, resolução de conflitos e promoção de coexistência humano-vida silvestre, com avaliação de impactos ambientais e políticas públicas.

Bruna Lima Ferreira
Afiliação institucional: Programa de Conservação Mamíferos do Cerrado (PCMC), Universidade Federal de Catalão (UFCat)
Descrição: Bióloga, mestre pelo Programa de Psicobiologia da Universidade de São Paulo (USP – FFCLRP). Atua como pesquisadora na Iniciativa Suçuaranas Detetives do PCMC nas áreas de coexistência humano-fauna, conservação colaborativa, conservação de carnívoros, gestão e governança de Unidades de Conservação.

Gabriela Rodrigues Longo
Instituto de Conservação de Animais Silvestres
Bióloga e doutora em Educação Ambiental, trabalha com o estudo de conflitos socioambientais e a influência de saberes populares ou tradicionais na ciência. Atualmente, integra o Projeto Canastras e Colmeias do Instituto de Conservação de Animais Silvestres e é colaboradora no Projeto EArte (Estado da Arte da Pesquisa em Educação Ambiental no Brasil).

Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz
Departamento de Ciências Florestais, ESALQ/USP
Docente associada e pesquisadora inter e transdisciplinar. Desenvolve pesquisas integrando ecologia de aves e mamíferos, manejo e conservação de fauna, coexistência humano-fauna e ciência cidadã. Coordena o Grupo de Extensão Pessoas e Fauna (GEPFau). É membro do Grupo Especialista em Planejamento da Conservação (CPSG) da IUCN.

Loisa Fabrícia Prates Alvarez
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Universidade de São Paulo (ESALQ-USP)
Bióloga e mestranda em Ecologia Aplicada, com experiência em manejo e conservação de fauna. Atualmente, desenvolve pesquisa sobre transdisciplinaridade, coprodução de conhecimento e gestão da coexistência humano-fauna. Atua em projetos voltados à coexistência entre pessoas e fauna e integra o Grupo de Extensão Pessoas e Fauna (GEPFau).

Monicque Silva Pereira
Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (SEMIL) e Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Universidade de São Paulo (ESALQ-USP)
Especialista Ambiental da SEMIL e doutoranda em Ecologia Aplicada, possui experiência no desenvolvimento de políticas públicas para o manejo da vida silvestre, atendimento a casos de conflito humano-fauna e fiscalização de danos ambientais. Ainda, colabora em projetos relacionados à coexistência humano-fauna e é membro do Grupo de Extensão Pessoas e Fauna (GEPFau).

Wezddy Del Toro Orozco
Center for Integrative Conservation Research & Warnell School of Forestry and Natural Resources, University of Georgia e Grupo de Pesquisa em Ecologia e Conservação de Felinos na Amazônia, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
Bióloga, doutoranda e pesquisadora inter e transdisciplinar. Atua na ecologia e conservação de mamíferos aquáticos (cetáceos) e terrestres (felinos), pesquisa social com comunidades tradicionais, conflito e coexistência humano-fauna. Fotógrafa e comunicadora científica em espanhol, portugues e inglês. Bolsista WCS, membro da Aliança para a Conservação da Onça-Pintada e membro da COPCOEX.

Yuri Geraldo Gomes Ribeiro
Oxford Biodiversity Research (Oxford, Reino Unido) e Goá Data
Engenheiro Florestal, Mestre em Recursos Florestais, especialista em análise de dados aplicada a ameaças à biodiversidade, planejamento da conservação e dimensões humanas. Pesquisador associado na Oxford Biodiversity Research, onde estuda o papel do comportamento humano na conservação. Fundador da Goá Data, aplica ciência de dados e tecnologia para apoiar a tomada de decisão e facilitar processos estratégicos na conservação.
Onde estão localizadas as coleções brasileiras?
Nosso primeiro passo foi realizar uma consulta ampla para localizar e conhecer um pouco do acervo das coleções brasileiras. Até o momento, registramos 58 coleções, entre acervos de espécimes e de material genético de mamíferos.
O mapa ao lado mostra a localização das coleções que já registramos. Num futuro próximo, diponibilizaremos outros dados, como endereço, contato e representatividade do acervo.

Publicações relevantes
Aqui estão algumas publicações, de acessso livre, importantes para curadoria e uso de coleções científicas.
Aproveitem!
Extant Brazilian mammals in scientific collections of Europe: an update
Bezerra, 2016
Coleções Científicas de Mamíferos. I - Brasil.
Bezerra, 2012
Mammal collections of the Western Hemisphere: a survey and directory of collections
Dunnum et al., 2018
Coleções Científicas de Mamíferos do Brasil: III - Estados Unidos da América
Bezerra, 2016
Coleções Científicas de Mamíferos do Brasil: II - Europa. Boletim da Sociedade Brasileira de Mastozoologia
Bezerra, 2015
Centros e Museus de Ciência do Brasil
ABCM; UFRJ; Museu da Vida; FIOCRUZ, 2015
Coleção de Mamíferos preservados em meio líquido do Museu Nacional
Bezerra et al., 2004
Tipos das espécies e subespécies do Prof. Alipio de Miranda Ribeiro depositados no Museu Nacional (com uma relação dos gêneros, espécies e subespécis descritos)
Miranda-Ribeiro, 1955 **
Neotropical mammals in natural history collections and research in Rome, Italy.
Gippoliti & Castiglia, 2020
Coleções zoológicas: o Museu de Zoologia e Taxidermia Jose Hidasi da Universidade Estadual do Tocantins.
Sousa & Barbosa, 2020
Prodromo de um catalogo critico, commentado da collecção de mammiferos no Museu do Pará (1894-1903).
Goeldi & Hagmann, 1906 **
Revised catalogue of monotremes and marsupials in the historic mammal collection housed at Museo Regionale de Scienze Naturali of Torino, Italy.
Ghiraldi et al., 2021
Neotropical felid specimens at the Museu Paraense EmÍlio Goeldi: species, distribution, and morphometric data.
Bezerra & Bordallo, 2018
Catalog of medium and large-sized mammals from the state of Pará, Brazil, housed in the Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP)
Nascimento & Vendramel, 2020
Primatas da Coleção Líquida do Museu Nacional (UFRJ)
Bezerra & Oliveira, 1999
Anatomical Preparations.
Hildebrand, 1968
Effects of ethanol storage and lipids on stable isotope values in a large mammalian omnivore.
Javornik et al., 2019
Management of Mammal Collections in Tropical Environment
Zoological Survey of India, 1988.
Colección Mamíferos Lillo: un manual de procedimientos para la preparación y conservación de mamíferos y anexos.
Barquez et al., 2021
Bird and mammalian specimens in fluid - objectives and methods.
Quay, 1974
Collecting and Preparing Study Specimens of Vertebrates
Hall, 1962
"Door to Drawer" costs of curation, installation, documentation, databasing, and long-term care of mammal voucher specimens in natural history collections.
Baker et al., 2014
Taxidermia de pequenos mamíferos não-voadores previamente preservados em meio líquido.
Moraes-Neto et al., 2015.
Os processos de taxidermia e o Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Miranda-Ribeiro, 1912 **
Cuidado, Manejo y Conservación de las Colecciones Biológicas
Simmons & Muñoz-Saba, 2005
Biodiversidad, colecciones biológicas y colecta de especimenes. ¿Por qué tenemos que seguir colectando?
Teta, 2021
Biological collections for understanding biodiversity in the Anthropocene.
Meineke et al., 2018
65 years of museum-based mammal research in Mexico: from taxonomy to worldwide information networks.
Lopez-Gonzalez et al., 2021
Biospecimen Repositories and Integrated Databases as Critical Infrastructure for Pathogen Discovery and Pathobiology Research.
Dunnum et al., 2017
Preserve a voucher specimen! The critical need for integrating natural history collections in infectious disease studies.
Thompson et al., 2021
Estudos de Caso
Tracking changes in natural history collections utilizations: a case study.
Abrahamson, 2015
Sex biases in bird and mammal natural history collections.
Cooper et al., 2019
Identifying the true number of specimens of the extinct blue antelope (Hippotragus leucophaeus).
Hempel et al., 2021
Consequences of the misidentification of museum specimens: the taxonomic status of Canis lupaster soudanicus.
Kitchener et al., 2020
Using museum specimens to track morphological shifts through climate change.
MacLean et al., 2018
Museum specimens of terrestrial vertebrates are sensitive indicators of environmental change in the Anthropocene.
Smitt et al., 2018